A rotina

Eu amo rotina. Sou completamente fiel à minha rotina. Gosto dela, me acostumei com ela e qualquer ponto fora da curva me deixa confusa.

Gosto tanto de rotina que meu caminho pro trabalho, por exemplo, eu sei de cor. Sei todos to-dos os buracos da rua, sei a hora de mudar de pista pra ir mais rápido e me divirto brecando bem pertinho do radar só pra mostrar que eu sei direitinho onde ele tá (todo mundo faz isso, vai?).
Minha rotina é tão perfeitinha, que defino a ordem da maquiagem de acordo com o tempo dos semáforos pelo meu caminho (porque, né? carro é um lugar perfeito para a auto-maquiação). Por exemplo, o corretivo pode ser no semáforo da Sumaré, mas o curvex, que requer mais tempo e atenção, só funciona no cruzamento da Brasil com a Rebouças, o mais demorado da cidade. Enfim, nada a ver falar disso.
BUT, já que eu estou prestes a mudar completamente minha rotina, achei legal dar uma treinada por aqui mesmo. 

Semana passada decidi tomar café da manhã antes de tomar banho (o certo é ir da cama pro chuveiro). Ok, foi meio caótico. Fiquei perdida, saí super atrasada de casa e com palpitações no coração, mas um mundo novo apareceu na minha vida. A tarefa de secar o cabelo combinou muito mais nesse novo modelo, tive um pouco mais de tempo pra escolher a roupa e pela primeira vez lembrei de passar protetor no rosto.
Pode parecer a maior maluquice do planeta tudo isso, mas deixo aqui a dica: todo mundo deveria experimentar. Mudar uma coisinha simples que seja, já faz a maior diferença. 
Algumas dicas:
Destros, usem mais a mão esquerda. 
Canhotos, usem mais a mão direita. 
Ao invés de virar na rua de sempre, vire numa antes ou depois. 
Quando andar pela calçada, olhe mais pra cima e menos pro chão.
Use o cabelo de um jeito inusitado.
Durma com a cabeça onde normalmente ficaria o pé.
Tome café da manhã num lugar menos óbvio que a cozinha.
Experimente o Telecine Cult.
Tome um banho na hora do almoço.
Troque o café depois do almoço por chá.


Bora tentar?

Ode ao visto

Dizem as línguas mais transgressoras que para estudar 3 meses na Inglaterra não precisa de visto. Aceitei o desafio, desencanei um pouco do assunto e dediquei todo meu tempo livre a arrumar um teto, porque apesar das pontes de Londres serem lindas, não faz parte dos planos dormir debaixo delas. 
Mas eis que uma carta muda tudo e me faz lembrar que pessoas transgressoras são bonitas de olhar, não de imitar. Dizia a carta: querida aluna, é muito importante que no primeiro dia de aula você traga caderno, lápis, as roupas que você mais gosta (é ou não é a aula mais legal do mundo??) e seu passaporte com o visto. Ah tá. 
Bom, fui atrás do visto.
Pausa.
Eu queria que essa experiência fosse completa, intensa, única e especial na minha vida e por isso decidi fazer tudo sozinha. Não tive a ajuda de nenhuma empresa terceira pra fechar nada a não ser a passagem que, por ser de estudante, precisava de alguém intermediando o processo - a mentora dessa afirmação sou eu mesma. Escolhi ser a única responsável pelo meu próprio sucesso (or not) nessa empreitada - bonito isso.
Até encontrar a burocracia do visto pelo caminho.
E foi assim que eu pedi arrego. Um arrego que me custou caro, bem caro.
Sempre acreditei que despachante é pra gente rica que tem preguiça de cuidar da sua própria vida, ou ainda para aquelas pessoas inseguras que não confiam no próprio taco.

Me vi num misto da segunda opção com uma pitada de irritabilidade. 

Pra quem não sabe, o serviço de visto britânico é tercerizado por uma empresa chamada WorldBridge e o consulado é proibido de dar qualquer informação sobre o assunto. Qualquer. De novo: o consulado é proibido de falar sobre visto. Uhum.

E estamos falando de Inglaterra, né, gente? A rainha não dá a mão pra qualquer um, porque eles dariam informação de graça? Pois sim, 12 pounds por uma resposta. Tem dúvida e ligou pra WorldBridge? Pagou 12 pounds. Eu tava tão perdida e tinha tantas dúvidas, que com certeza minha conta passaria dos 100 pounds (não sei se eles cobram pela chatice de quem liga, mas já fiquei irritada).
Achei tão absurdo cobrar por informação que decidi não ligar e procurar ajuda - se é pra pagar, que seja por alguma coisa maior que uma simples informação e que seja pra um brasileiro (eu tenho essa capacidade de me auto-enganar).
Liguei pro tal despachante e comecei a separar os documentos necessários. São eles:
- comprovante do curso (no meu caso, a escola me mandou uma carta chamada visa letter)
- passaporte original e com validade de no mínimo 6 meses
- passaporte antigo com comprovantes de viagens anteriores
- visto para os EUA (aprendi que visto pros EUA vale mais que boa índole)
- cópia autenticada da carteira de trabalho e do último registro
- cópia da passagem de ida e volta
- cópia autenticada do diploma da faculdade (ou do pedido de diploma pra quem nunca foi buscá-lo, como eu)
- Formulário VAF9 preenchido e assinado (saiba mais aqui)
- comprovante de sustento-financeiro. Não sei o nome certo, mas tem que provar que você tem pelo menos 800 pounds por mês (pelos meses que vai ficar lá) na sua conta. 
- cópia da Declaração de Imposto de Renda.
- 2 fotos no tamanho maior que 3x4


São dois tipos de visto para estudante:
1. student visa: é necessário ter um curso pago de no mínimo 3 meses e uma prova xis do nível de inglês. Esse visto dá o direito de ficar até 11 meses na Inglaterra e pode trabalhar 10 horas semanais.
2. visitor student visa: o curso pago pode ser menor mas, em compensação não pode trabalhar. 
O meu visto tem que ser o segundo, pois apesar de ficar 3 meses, nenhum dos meus cursos dura esse tempo todo.

Com os documentos em mãos, marquei a entrevista no posto do consulado (o prédio oficial fica no Rio).
Daí lembrei que quando fui tirar o visto dos EUA pela primeira vez, me falaram pra ir arrumada.
Arrumada = pessoa que se veste de saia-lápis e terninho ou calça social e camisa.
Não lembro da roupa que usei aquele dia, mas lembro de duas pessoas atrás de mim, na fila, que me disseram ser a segunda tentativa para tirar o visto. Uma delas tava de jeans e Havaianas (rá!). Por via das dúvidas fui até o posto britânico toda enfeitada de legging e camiseta. Just like a queen.
E foi ali, esperando pela minha hora, que eu agradeci a mim mesma por ter escolhido Londres - o menino que estava na minha frente usava calça de pijama, a menina que chegou logo depois de mim vai certeza tentar a vida como sósia da Amy Winehouse e a recepcionista me anunciou como Laura Pausini. 
Diga não à saia-lápis!!
Fiquei um tempão por lá porque o sistema tinha caído, mas a entrevista em si foi rápida. Aliás, de entrevista não tem nada. Eles recolhem os documentos e tiram as digitais. Mandam tudo pro Rio de Janeiro e você paga o sedex pra recebê-los de volta. Pronto. Daí é só esperar uns 10 dias e rezar pra que eles gostem dos seus papéis e em especial do seu visto para o EUA, já que esse pedacinho de adesivo parece ser meio caminho andado.
Quem quiser mais informações, clica aqui e aqui.

Obs - enquanto fui escrevendo esse post, tive certeza que poderia ter pedido o visto sozinha, por isso não vou fazer propaganda do despachante (apesar dele ser bem simpático).

Bonitezas

Como não tenho muitas novidades no processo de bota-fora, vou deixar aqui um texto e um filminho que muito querem dizer alguma coisa nesse momento.

Espero que sirva de inspiração pra todos!

Recomeçar

Carlos Drummond de Andrade

Não importa onde você parou

em que momento da vida você cansou

o que importa é que sempre é possível e necessário recomeçar.

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo

é renovar as esperanças na vida e o mais importante

acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.

Chorou muito? Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.

Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para “chegar” perto de você.

Recomeçar…

hoje é um bom dia para começar novos desafios.

Onde você que chegar?

Ir alto… sonhe alto…

queira o melhor do melhor

pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos

Se pensarmos pequeno coisas pequenas teremos

Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossa vida.

“Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”

Rêverie | a short film from Jaro Minne on Vimeo.

Esse cara fez outros curtas muito legais. Tem mais aqui.

O dia é hoje e a hora é essa : )

A epopéia do aluguel

Prazer, Laura.

Pausa nos posts dinâmicos para uma dissertação sobre o aluguel. Peguem o lencinho... a história é triste.

Por muitooo pouco não levei o maior balão da história.

Eu sempre desconfiei de negócios online. Na minha época de juventude, por exemplo, tinha aquele preconceito de que só pessoas feias arrumavam namorado pela internet. Não posso afirmar tal maldade, mas de qualquer forma eu sempre fui espertinha. Até hoje.

Eu imaginava que a tarefa mais chata de todas seria a de achar um apartamento pra morar e, nas primeiras pesquisas que eu fiz, tive certeza que estava certa – ta sendo chato, cansativo, sem graça e um tanto quanto perigoso. O problema é que são vários problemas:

1. Eu vou ficar só 3 meses e a maioria dos contratos exige um mínimo de 6 meses.

2. Minha ansiedade não corresponde às necessidades dos flatmates - a maioria das vagas é para mudança imediata e eu só chego em 40 dias.

3. Boa localização e preço razoável não caminham juntos. Ok, isso é meio óbvio, mas eu não estou falando de centro de Londres, Oxford St ou Buckingham Palace (minhas referências estão muito criativas)...tô falando de um lugar com estação de metrô perto e que seja minimamente povoado.

4. Confesso. Eu sou fresca pra caramba e as fotos que o povo coloca nos anúncios são as mais feias do universo. Quem, em sã consciência e querendo alugar o apartamento, tira foto de quartos bagunçados, pias cheia de louça pra lavar e banheiros horrorendos? 

Né?

Daí que já faz alguns dias que me mato de olhar nesses sites “página amarela” e não consigo achar nada interessante, porque um (ou vários) dos 4 motivos acima sempre aparece para acabar com a festa. 

Mas eis que ontem, 3 (trêêês) pessoas me respondem (eu mandei email para os anúncios que mais gostei) falando que tinham quarto disponível para quando eu quisesse, chegando o dia que eu quisesse, com uma localização muito mámuito boa (um deles era em uma paralela à Oxford St), com fotos liiiiiiiiindas e com um preço excelente. Para ter uma idéia, o aluguel era 400 pounds por mês, sendo que o mais barato que vi (com metrô perto) era no mínimo 800 pounds por mês.

Fiquei radiante achando que tinha recebido uma graça divina! Me apareceu um sorriso de orelha a orelha porque tinha encontrado minha home, sweet home.

Troquei vários e-mails com essas 3 pessoas e elas tinham um ponto em comum: eram MUITO, muuuuuuito simpáticas. Alguns trechos que valem a pena ler:

Hey, Laura! Wow! A brazilian girl! how exciting!!

You can rent the room for the duration you want it and i would love to assist you with your english as well :)

You will be sharing the flat with me Stella 25, and the other is a female professional Leona 24, who is a very pretty lady and also hardworking.

Can't wait to meet you.

E como se não bastasse a fofurice, uma delas me mandou a foto (diretamente do Orkut londrino) pra eu ter certeza que ela existia! Merece a publicação:

Tá bom pra vocês?

Minha animação era tanta que eu já me imaginava no lindo living room, de pijama e meias, tomando chá das 5 com minhas simpáticas roomies. Enquanto elas me ajudavam no inglês, eu contaria da minha vida no Brasil e provavelmente ensinaria algumas palavras em português. Uma poderia emprestar roupa da outra e jantaríamos todos os dias vendo So you think you can dance?. 

Corta.

Era tudo um golpe!!! 

Bom, primeiro que tava na cara que tinha alguma coisa errada, né? Só eu e minha vivência de 13 anos demoramos pra perceber. Comecei a achar estranho quando pedi pra um amigo dar uma olhada no flat antes de fazer o depósito antecipado - todos pedem um "sinal" para garantir a reserva do espaço e que sempre é devolvido assim que a pessoa se muda pra lá. É uma garantia, eles estão certos. Mas essas 3 pessoas me falaram que ANTES de alguém passar lá pra ver, eu teria que fazer um depósito... a desculpa é que vários roubos acontecem quando estranhos vão visitar os apartamentos. Papinho dos mais mequetrefes, porque obviamente o flat não existe.

Terrível, não? 

Aproveito aqui pra registrar um beijo virtual pras minhas menininhas lindas - Gabi e Mô - que não me deixaram  mandar uma foto minha em agradecimento à foto da menina. E outro pro Mário, um amigo querido que já está por lá e me proibiu de fazer qualquer depósito, inclusive pra ele. Smaaack, bonitos!

Fica então o aprendizado:

- são vários sites "página amarela". Eu usei o Craigslist, o Moveflat e o Gumtree. Foi nos dois primeiros que eu tive esse problema e estou focada no Gumtree a partir de então.

- é difícil ter certeza que o acordo é honesto, ainda mais estando longe. Temos duas opções: contar com o bom coração de algum amigo que more por lá, pra dar uma passadinha e olhar o lugar e a cara das pessoas. Ou, se não conhecer ninguém, peça uma "visita" via skype. Pode ser uma boa.

- desconfie de fotos over produzidas. Essas são as que eu recebi.

A realidade é dura, minha gente!!! E ela é feita de carpetes que deixam pretas as meias brancas, cortinas feitas de lençóis, sofás de couro preto, cozinhas sem raio de luz, edredons nada aconchegantes, papel de parede e banheiro de ladrilhos rosa. 

A esperança é a última que morre.

Sobre a passagem

Depois dos primeiros posts dramaqueen, um up nos ânimos.

Hoje comprei minha passagem e dia 29 de junho me vou de malaS e cuia.
Confesso que uma borboleta bateu asas no meu estômago quando vi a ida marcada para o mês 6 e a volta para o mês 10, mas ela logo foi embora ao me deparar com meu nome no eticket - Miss Gianfaldoni - acho muito muito muito chique ser chamada assim. Foco no glamour e nos ensaios pra falar Heathrow com o lindo sotaque inglês que um dia terei.

E aqui vai uma informação muito importante pra quem também quer estudar fora: se comprovada a intenção de estudar, dá pra comprar passagem mais barata!! Não chega a ser a metade do preço (a TAM ainda não é Cinemark), mas é bem bem bem mais barato. 

Pré-requisitos: 
- permanência mínima de 15 dias e máxima de 1 ano.

- obrigatório comprovante de curso no exterior.
- ter entre 12 e 34 anos (ui).
Idéia de valores em maio de 2011:

Baixa temporada: de U$ 969,00 a U$ 1.460,00
Alta temporada:  de U$ 1.095,00 a U$ 1.612,00

*Valores de ida e volta, sem taxas de embarque.

A agência que me ajudou com a passagem foi a www2.interaereo.com/. Eles foram super atenciosos e me deram essa dica da passagem de estudante (empresas que nos ajudam a gastar menos, merecem um carinho especial).
Tá parecendo merchan, mas não é! Quero ajudar outras pessoas que também vão estudar em Londres, por isso vou tentar colocar aqui todas as etapas e detalhes da minha ida. 
E outra, o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser! ihihih - essa sensação é muito libertadora! Todo mundo deveria experimentar : )

Sacudindo a poeira

Tô triste, é fato. 

Milhões de mudanças e separações vão acontecer ao mesmo tempo e eu, como boa capricorniana (palmas para pessoas que culpam o signo), já desidratei de tanto chorar.

Mas daí tem o meu lado comunista de ser que vive a me lembrar - estou vivendo a realização de um sonho, restrito a um número muito pequeno de seres-humanos.

E nessa minha constante busca pela luz, racionalizando o irracionalizável, eu desenvolvi duas técnicas pra me sentir mais feliz:

1) Imagens que valem mais do que mil palavras

Mini-injeções de sorrisos!

Tem mais aqui e aqui. 

2) Morrer de vergonha alheia

Porque, né? Tem gente que pede. 

Esse tema tem muito conteúdo, mas vou focar em duas vergonhas que me fizeram esquecer por alguns segundos a tristeza. Val Marchiori, a "socialite" que tem um filho chamado Eike em homenagem ao Eike Batista (oi??) e que só por isso nem merecia ser mencionada aqui. 

E a Shakira, que fez a pior música de todos os tempos.

O que a gente não faz por um sorriso, né mesmo?

Psicossomatiquices

Minha primeira e única experiência com uma astróloga foi reveladora - Querida, sinto te informar, mas todos os sóis, planetas, astros e estrelas, em conjunção ou não, estão aqui me dizendo: você é a doença psicossomática em pessoa.

Pois então, se um dia eu desconfiei disso, hoje, nesse exato momento eu tenho certeza: tô com todas, to-das as doenças psicossomáticas do universo. Perco um couro cabeludo por banho. Gastrite é básica. Enxaqueca mais ainda. Minha pele do rosto voltou pros 15 anos. Minha mão coça (e minha carteira continua vazia). Sem contar a primeira experiência com a tontura que, paradinha de pé, me fez levar um capote.

E pode colocar mais um pra lista: emocional abalado dá rugas. Pela primeira vez, em 30 anos, meu corretivo se acumulou em pequenas linhas de expressão embaixo dos olhos. Até julho já ganhei uns 20 anos e pelo menos metade dos cabelos brancos.

Pra todo começo tem um fim

O Platão disse: Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo.

O Gandhi disse: Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova.

E o primeiro post marca o meu primeiro passo na tentativa de mover meu mundo e progredir. A decisão de morar fora e partir para um novo caminho é também a certeza de deixar muita coisa pra trás. Nada será esquecido ou perdido, mas as mudanças de fora pra dentro são também mudanças de dentro pra fora.

Sem muita auto-ajuda, esse blog tem o objetivo de contar a minha experiência em Londres. Serão 3 meses de cursos de inglês, moda e maquiagem - vou lá brincar de ser menina e já volto!

Até julho chegar (o primeiro curso começa dia 4/7), tenho um longo caminho até conseguir o visto, a passagem mais barata e uma casinha aconchegante (apesar de já ter noção que casinha aconchegante não é sinônimo de casinha barata e casinha barata é sim sinônimo de banheiro compartilhado… oh-my).