terça-feira, 18 de outubro de 2011

Me, Myself & I




De menina para menina.
Eu nunca tive paciência pra cuidar de mim mesma e também acho que nunca fui minha própria prioridade no tempo livre.
Por outro lado, eu sempre tive uma caidinha por salões de beleza. Acho o máximo ser conhecida no salão de beleza, ser chamada pelo nome. Amo o cheiro de cabeleireiro, amo aquele tumultinho de secadores, mas não tenho paciência pras pessoas que lá frequentam. 
No meu salão do bairro, todo mundo sabe da minha vida, sabe quando eu tô feliz, triste ou de saco na lua. Eu e a Van, minha manicure do coração, temos nossas piadas internas, nossos códigos e os assuntos que são só nossos. 
Sem falar nas meninas da drenagem que me davam bronca quando eu aparecia com uma roupa não-combinando. 
Tem a dermatologista também que as vezes diz: mas de novo você por aqui? Já te disse pra voltar só ano que vem.


Aaaah, que saudades!

Isso não me faz uma freak do espelho ou uma addicted a Lancôme, mas prefiro que os outros façam por mim o que eu mesma deveria fazer.
Daí eu mudei de continente.
Nesse continente se paga 70 reais pra fazer a unha da mão e a maioria das manicures é do sexo masculino (sim!).
No mesmo continente, não se faz meia-perna por menos de 50 reais.
Continente esse que promoveu meu encontro com a professora de maquiagem alucinada pelo não-photoshop e pelo “come on, girls! Maquiagem é all about real beauty, não tem a ver com criar uma falsa”.
E é aqui, no outro continente, que dá dó de ver as meninas laranjas de tanto bronze artificial e com maquiagem escorrida as 9h da manhã.

Tudo isso criou um monstro aqui dentro e eu dei uma desandada.
Uma desandada do bem, eu acho.
Tive que aprender a fazer tudo sozinha, do zero. E isso inclui desde a pesquisa pelo melhor esmalte, até pelo produto que tire, for god sake, esse resto de cera maldito que fica na pele. Eu gastei dinheiro a toa, errei um monte. Tomei banho por 1 mês com sabão de lavar roupa, achando que era sabonete (problema "água" parcialmente explicado). Comprei um esmalte cuja tecnologia inclui uma cor dentro do pote, mas que vira amarelo-horrível quando em contato com a unha. Comprei creme anti-coceira achando que era só-creme. Descobri que hand quer dizer mão e não rosto (ihihih), ou seja, o creme de laranja não pega bem no modo facial.
Admito que tenho me divertido horrores com essas descobertas da auto-beleza.
Desencanei de tentar pintar a mão direita com a mão esquerda e descobri que minha unha fica uma fofura sem esmalte nenhum - dica: ou esmalte colorido ou nada, porque esmalte incolor é muito sem glamour. Abandonei de vez o secador e meu cabelo virou londrino-esculhambado. Descobri também que apesar da idade ter chegado, fazer auto-depilação é um ótimo exercício de alongamento e teste de elasticidade.
Eu também tenho tentado a auto-drenagem, mas não quero falar dela. 
E assim a gente segue se apresentando para o próprio corpo, como meu professor de budismo pediu. Esse é um dos princípios básicos de toda e qualquer prática.


clap clap clap clap pra quem já fazia tudo sozinha e pra todas que vão tentar pelo menos uma vez!

Um comentário:

  1. Sorry, mas senti que esse post foi feito pra mim! Vi vc me contando essas coisas... Me deu uma saudades da gente na modelle!!!
    Lov U.
    Beijos,
    Natoca.

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