quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Verdadeiramente verdade

E hoje, amigos, vamos aprender a walking meditation. 
Aiii lord - pensei. 
Como se não bastasse minha não-meditação e minhas dores terríveis enquanto sentada, a gente vai andar e cantar ommmm ao mesmo tempo? 
Comecei a me arrepender de ter faltado na semana passada, quando, provavelmente, eles aprenderam a engatinhar meditando pra daí sim chegar hoje na avançada posição de pé.
Como meditar de pé E andando, se a meditação é uma questão de concentração?
Me perdi no raciocínio, mas decidi tentar uma vez mais.
Lá fomos nós na nossa super caminhada-meditatória na sala de 5x5 metros quadrados. 
Mais do que meditação essa é uma prática de mindfulness. 
Também me pergunto, mesmo depois de 3 horas de aula, o que seria mindfulness. A conclusão que eu cheguei é que mindfulness (que inclusive é uma das bases do budismo) é a capacidade de estarmos atentos a nós mesmos. Aquela história de "sinta os olhos / sinta a umidade dos olhos / sinta atrás dos olhos" é uma forma de exercer o mindfulness. 
O mindfulness tem sua base em 4 fundamentos: o corpo, o sentido, o pensamento e um quarto que eu não tenho a menoooor idéia do que seja (quando eu entender melhor eu conto). De qualquer forma, pra gente conseguir estar em um estado de mindfulness, a gente precisa passar pela atenção ao corpo, aos sentidos e aos pensamentos que aparecem durante a meditação.
Começamos andando só percebendo o movimento do corpo no sentido mais literal mesmo - tipo os músculos se mexendo. Daí passamos para os sentidos - as cores, o cheiro, a textura da sala. E por último prestamos atenção nos pensamentos que apareciam. 
E foi assim, nessa bagunça toda, que Clap! Clap! Clap!, eu meditei!
eeeeeeeeeeeeee!
Tô muito feliz! 
Não sei como, mas eu terminei a andança de 40 minutos muito muito muito leve, com uma felicidade inexplicável e uma dor horrorenda na lombar. 
Tenho qua-se certeza que isso é meditar.
Daí o povo continuou reclamando de como é difícil se livrar de pensamentos que não servem na hora da meditação, de como é complexo esquecer a "vida lá fora" e se concentrar, e o professor (que sigo sem saber o nome) disse uma coisa muito bacana: temos que ser amigos da nossa mente. E amigo que é amigo ouve e tenta ajudar. Assim sendo, quando um pensamento aparece no meio da meditação, temos que procurar ajudá-lo a se resolver e assim deixá-lo ir embora. Poético, né? 
(esses meus posts do curso poderiam muito bem virar aqueles arquivos powerpoint de auto-ajuda com fotos de pôr-do-sol e música cafona, vai??)

E nessas veio a maior lição do dia: budismo é quase sinônimo de verdade. Verdade com nós mesmos, com o que estamos vivendo nesse minuto. E essa é a verdade mais difícil de se alcançar, porque é a mais difícil de fugir ou ignorar, né? Mentir pra nós mesmos é talvez a maior palhaçada do auto-mundo. É covardia. 
Mas por outro lado, sermos verdadeiros com nós mesmos é o melhor e mais fácil caminho pra sermos felizes. Pensa nisso.
Observando:
Eu acho bem bizarro essas palavras soltas dentro de um contexto que parece não ter nada a ver, mas verdade aqui tá fácil: é seguir aquilo que acreditamos do fundo do coração. Ou seja, juntar um pouco da nossa intuição, um pouco de experiências anteriores, um pouco do que nos são valores. É acreditar no que vai nos fazer pessoas melhores.
Daí é só seguir por esse caminho.
Sabe como?

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