sábado, 16 de julho de 2011

Glasto - Day 2...




Ah o despertar do Glasto...
Depois de uma noite mal dormida, com o saco de dormir e colchão inflável meio úmidos ainda por conta da chuva do dia anterior, acordamos dispostas a encarar mais um dia enlameado de festival. Muito bem intencionadas.
A primeira frase que ouço da Ingrid foi: “vamos abrir as portas da esperança!” e eis que ela abre a barraca e damos de cara com um puuuuuta sol. Tá, tá bom, vimos também nossas weelies praticamente virando cinzeiro de argila com aquela lama petrificada e a frente da barraca toooooda imunda de lama, mas o dia estava lindo,como nos nossos pedidos pro papai do céu...
Nossa primeira refeicao foi “em casa”.
A Jenny estava com seu fogaozinho de uma boca, aquecendo um bulezinho de água. Rapidamente entramos na fila com nossos bujoezinhos, quando pra nossa surpresa, eles não encaixavam no fogaozinho! Super legal. Carregamos peso a toa.
Mas tudo bem, tomamos um capuccino de saquinho, sem açúcar (esquecemos de levar) e comemos pão puro (esquecemos o cream cheese na geladeira em Londres). Foi uma delicia!
Daí, seguimos com nossas escovas de dente rumo à única pia que servia nossa parte do camping. A fila era de perder de vista... Na nossa vez, fomos bem rápidas. Apenas escovamos os dentes, lavamos nosso rosto (esquecemos o sabonete na barraca)... Afinal, como brasileiras (povo limpo), já estávamos aflitas pensando em que horas iríamos tomar banho...
Voltamos pra barraca, pegamos nosso super kit de banho e fomos dar uma volta com os “mates”.
Detalhe importante: quando estávamos pensando em como iríamos fazer em relação ao figurino, decidimos passar na Primark (loja hiperbarata em Londres) e comprar umas 10 meias-calças, daí conforme fossemos usando, íamos jogando fora. Até porque não tem como reutilizar absolutamente nada de tão sujo de lama que fica! Continuando...
Quando fui pegar o pacotinho de meias-supostamente-calcas que tinha comprado... IN MY FACE.Comprei meias ate o joelho ao invés de meia calca. Que ódio! Tive que rachar com a Ingrid as que ela tinha comprado e economizar durante o dia, que era mais calor e dava pra ficar sem.
Enfim...
“Wandering”, passamos pelo Pyramid Stage (principal), depois fomos no Other Stage(segundo palco)




e caminhamos para uma área super bacana, chamada Field of Avalon e The Village Fete.



Ficamos brincando lá com malabares, perna de pau (ok, impossível com tanta lama) e depois seguimos para a área do Greenpeace. Sentamos todos lá e apreciamos umas “ciders”. Na seqüência, os amigos ingleses voltaram pras barracas e eu e minha fiel parceira, brasileira que não desiste nunca, continuamos andando, até que achamos um bar com uma bandinha. Aportamos lá mesmo e ficamos nos sentindo as phynas ali. Música ótima, bebida geladinha, gente bonita e um dia lindo.
Melhorou ainda mais quando um mocinho inglês que tava passando com uma jarra de Pimm’s (a bebida do verão!) cheia de pepino, hortelã... nos ouviu conversando em outra língua e resolveu trocar uma idéia. Só sei que depois de alguns minutos, já estávamos tomando a tal Pimm’s dele e dos amigos.
Lá pras 20h (ainda dia claro) resolvemos ir procurar os chuveiros. Afinal, queríamos estar limpinhas para o dia seguinte, dia em que começariam os shows.
Na hora que vimos a casinha do banho, não acreditamos. Vazia! E a gente achando que ia estar a maior fila! Fomos entrando felizes da vida, até que damos de cara com o segurança falando que banho era das 6am as 8pm. Foi o fim. Como assim, passar dois dias na lama sem tomar banho?!?!
Saímos tristes e desoladas em busca de um banheiro químico digno, para pelo menos passar umas toalhinhas umedecidas no corpo... E tudo mais... E não é que achamos? Os banheiros químicos entre o Pyramid Stage e o The Other sao ótimos!
Nessa de sair sem meia calca, a lama que espirrava na minha perna foi secando e virando uma lixa na borda da bota. Imagina isso roçando por 5 dias, o dia inteiro, durante quilômetros? Carrego as “chagas” até hoje! Acho nunca mais vou poder colocar as canelas branquelas de fora novamente!
Bom,voltamos pra barraca, trocamos de roupa e saímos novamente em busca de mais emoção. Desta vez, como já eram umas 22h, pegamos o caminho para as áreas do late-night. A long journey...
Caminhamos mais um tempão, até que finalmente chegamos em uma das partes mais legais do Glasto. Shangri-La.



Neste momento, finalmente encontramos o espírito “Glastonburiano”!
Era uma parte meio obscura, com helicópteros quebrados, bonecos-fantasmas, carros com a lataria espelhada. Uma loucura. E varias tendas tocando especialmente musica eletrônica, que não somos muito fãs, mas combinava com o lugar. Tinha tenda de psy, tenda de dub (eu acho que era isso, não manjo muito) e etc. Compramos uma bebida e continuamos andando. Chegamos no lugar mais freak do festival: The Common.Um lugar onde tinham varias atrações entre elas um festival de Lucha Libra, videntes (La Arcada de Adavinos) , caveiras mexicanas dançando quadrilha no meio da galera (Copperdollar) e um tal de Wall of Dead que é um show de motos que sobem paredes! Nos divertimos a valer!
Mas o mais incrível do late-night é o Arcadia, sem dúvidas. Alguns dos efeitos visuais davam pra serem vistos lá da outra ponta da fazenda.



Lá pras tantas da madrugada, voltamos pra barraca em êxtase. Mas dessa vez fomos espertas. Gravamos algumas barracas na ida, como referência, para o caminho da volta! Rááá!
Good night Glasto. Esta noite com tampões de ouvido. :)
Kivia

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