sexta-feira, 15 de julho de 2011

Uma dedicatória








Domingo o blog completa 2 meses (clap clap clap!) e me pus a pensar pra que tudo isso serve. 
Pra acompanhar o raciocínio, trilha sonora da vizinhança.
Quando comecei a escrever o objetivo era, de alguma forma, escrever pra mim mesma. Antes de vir pra Londres eu passei por um turbilhão de emoções que eu nem sabia que existiam. Colocar tudo isso em palavras me ajudou a racionalizar essas emoções e tirar proveito delas da melhor forma possível. 
Foi daí que vieram os posts água-com-açucar / auto-ajuda. Porque enquanto eu tentava descrever o que eu sentia, eu comecei a achar que mais gente deveria sentir tudo isso (ainda acho!), apesar de ter certeza que a mesma experiência é infinitamente diferente pra cada um.
Vim com a vontade de viver intensamente um sonho (já falei tanto essa palavra aqui, que comecei a me auto-entediar. Agora penso nela como um doce de padaria) sem a pretensão de voltar uma pessoa melhor, pior ou igual a que eu era/sou. Vim pra viver e aproveitar até o último segundo, até porque, jesuuuuuis, que cidade cara.
Enfim, tudo isso pra dizer que eu amo minha mãe. 
(lembranças aos meus professores de português e redação que um dia me ensinaram a arte da coerência narrativa).
Ouvi todos os conselhos do mundo antes de vir pra cá (teve até post). E me senti muito muuuuuito privilegiada por ter tanta gente me desejando coisas boas. Essa é uma das coisas que com certeza vou guardar pra sempre na alma. 
Mas daí eu recebo o conselho da minha mãe, um extenso: vá! Vá e viva tudo.
O conselho mais valioso do mundo. 
Um conselho que quer dizer tudo, sem a pretensão ou a pressão de significar muita coisa. 
E é a partir dele que dedico meu tempo, todo ele, a mim mesma. Faço o que bem entendo. Faço o que me dá vontade e o que me faz sorrir. Me conheço mais a cada dia. Aprendo a lidar comigo mesma. Comecei a entender meus defeitos e me orgulho das minhas próprias qualidades (muitas delas graças à senhora minha mãe). Morro de rir com alguns absurdos que passam pela minha cabeça. Me auto-censuro e me auto-proíbo. Tento aprender cada dia mais com erros do passado e já projeto outros tantos erros que com certeza vão acontecer no futuro. Tenho paciência comigo mesma. Tiro uma pressão por dia da cabeça. Ganho um quilo por semana.
E é assim que eu quero terminar tudo isso. Tendo a certeza que eu vim! E que eu vivi tudo, do jeito que eu, na mais pura essência do ser, escolhi viver. 
E minha mãe ainda me deu outro presente: um poema lindo que deveríamos ler todos os dias e nos esforçar para fazê-lo acontecer.


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Fernando Pessoa

; )
Um beijo, Mi!

Um comentário:

  1. Eeee! Parabéns pro blog!!
    Li to-dos os posts. Você escreve muito bem, catolina. Já te disse isso, né? Morro de rir! Não para de escrever, tá? Fico aqui lendo e me sinto pertinho de você, me divertindo com sua histórias...

    Beijão!

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